Judiciário e democracia.

Conforme a jornalista Mônica Bergamo, o eminente ministro Joaquim Barbosa disse aos colegas Carlos Britto e Celso de Mello que se sente desobrigado de não mais criticar publicamente o presidente do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes. O motivo da declaração foi a entrevista que Gilmar Mendes concedeu à revista IstoÉ. Joaquim Barbosa se sentiu atingido pelo trecho da entrevista em que Gilmar Mendes afirmou: "Essa tese de a Justiça ouvir as ruas serve para encobrir déficits intelectuais. Eu posso assim justificar-me facilmente, não preciso saber a doutrina jurídica. Posso consultar o taxista."
Comento: a posição deste blog é conhecida. Para termos um verdadeiro Estado Democrático, a Justiça deve sim, antes de decidir, ouvir não só taxistas, mas também médicos, dentistas, garçons, vendedores de coco, açougueiros, cabeleireiras e a sociedade em geral. Afinal, sem isso, que democracia seria essa?

Comentários