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O ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, em entrevista concedida à Istoé, sobre a tese de a Justiça "ouvir as ruas" para julgar, disse: "isso serve para encobrir déficits intelectuais. Eu posso assim justificar-me facilmente, não preciso saber a doutrina jurídica. Posso consultar o taxista".
Comento: Acredito que o ministro se equivocou. Em uma democracia é necessário, sim, ouvir as ruas. Não apenas o taxista, mas também a dona de casa, o estudante de direito, o padre, o jornalista, o médico, o dentista, o vendedor de coco. Enfim, todos os cidadãos aptos a votar, pois, se podem votar, podem também julgar de acordo com suas consciências. Senão, como poderá uma absolvição ter legitimidade democrática, se a maioria clama pela condenação. Ademais, uma vez condenando de acordo com a opinião pública, o Judiciário estará livre de críticas e será mais respeitado. Temos vários exemplos de juízes que foram aplaudidos quando mandaram prender alguém. Não é melhor ser aplaudido? Que assim seja, com a graça de nosso Senhor!

Comentários

CPI-BRASIL.COM disse…
Meu nobre amigo: Como bom adépto do Espiritismo,e, pelo que tenho conhecimento, "Torquemata" foi o maior e mais perverso inquisidor.
Torquemada disse…
Maior, sim; perverso, não. Tudo era feito de acordo com o devido processo legal, prescrito no Manual do Inquisidor. E a execução obedecia ao princípio da publicidade, de modo que todos podiam presenciar e amaldiçoar os condenados. Eram, aqueles, bons tempos, em que prevalecia o "dura lex sed lex".